De 28 de agosto a 20 de setembro de 2025
Artista | Jean Song | @jeansong_arte
Pinto desde que senti a necessidade de expandir minhas fronteiras expressivas, para além das formas e estruturas que minhas criações de joias permitiam. Essa transição, que se iniciou há mais de uma década, marcou o momento em que tive a oportunidade de aprofundar meus estudos em pintura com o mestre Silvio Dvorecki, culminando em uma exposição conjunta em 2015. Foi na tela, e especificamente na liberdade da pintura abstrata, que encontrei um campo verdadeiramente fértil para a exploração de espaços e movimentos livres e espontâneos.
Desde então, o processo criativo na pintura me conduziu a uma jornada de autoconhecimento, que ressoou profundamente com minha especialização em psicologia junguiana e o redescobrimento de minhas raízes budistas. Longe de ser apenas uma expressão do meu gesto espontâneo, cada obra se revela, para mim, como um diálogo vivo e dinâmico entre as profundezas do meu inconsciente e a clareza da minha consciência.
É com essa profundidade intrínseca e essa busca incessante pela essência que busco, em cada tela, não apenas apresentar uma imagem, mas provocar uma experiência visceral em quem a contempla.
Minha jornada artística é uma contínua exploração dos meus movimentos internos, um desdobrar do espaço psíquico expresso na tela em branco e que pede por expansão. Fui impulsionada, há mais de uma década, a buscar na pintura uma nova e expansiva dimensão de linguagem, além da criação de joias. Foi na imersão da busca do meu gesto espontâneo com o prof. Silvio Dvorecki que desenvolvi o meu trabalho. O contraste entre a forma controlada da joalheria e a fluidez da abstração tornou-se a própria essência da minha busca por expressão e autenticidade.
Este processo criativo transcendeu o ateliê, tornando-se um profundo e constante diálogo com minha especialização em psicologia junguiana e minhas raízes budistas. Para mim, a tela não é apenas uma superfície, mas o espaço sagrado onde o inconsciente encontra a consciência em um ato de revelação, funcionando como um espelho fiel e um catalisador potente para meu desenvolvimento pessoal e espiritual. É um ato meditativo, onde a mente se acalma e as camadas mais profundas do ser podem emergir na forma de traços, texturas e tonalidades, refletindo a jornada de individuação. Quero que o meu trabalho seja um convite silencioso à introspecção profunda e à conexão autêntica com as profundezas da experiência humana compartilhada.
Jean Song
Rasgos, 2024
Díptico
Acrílica sobre tela
88 x 47,7 cm
Jean Song
Fluxo, 2024
Díptico
Acrílica sobre tela
111 x 91,4 cm
De 28 de agosto a 20 de setembro de 2025
De 28 de agosto a 11 de setembro de 2025
Espaço República
Rua São Luiz, 86 | 5o andar
São Paulo - SP
Visitação
Quinta a domingo, das 13h às 18h
Entrada gratuita
Abertura
28 de agosto | 17h às 21h