Philip Philip Haji-Touma (São Paulo, 1983) é artista visual e coordenador cultural. Filho de pai libanês e mãe brasileira, viveu em São Paulo até 2000, quando se mudou para Beirute, onde cursou Administração de Empresas. De volta ao Brasil em 2017, iniciou sua formação em cerâmica e tecelagem práticas que se tornaram base de uma pesquisa artística contínua, voltada à experimentação material e aos diálogos entre técnica, memória, gesto e conceito.

Sua pesquisa artística explora a fricção entre argila e la como territórios do fazer particular, materialidade e temporalidade. Mais que narrativas, interessa-lhe o construir processos onde controle e acidente se encontram. O artista flexibiliza a rigidez do barro, estrutura constelações cromáticas e as recombina em estruturas orgânicas, enquanto a la se entrelaça em tapeçarias táteis e expansivas. As obras de arte resultantes da concepção, construção e exibição dessas materialidades ativam Ο olhar, instauram sensorialmente dúvidas e desafios para descobertas subjetivas, a partir das operações executadas e sugeridas que se hibridizam entre a fisicalidade do toque e a percepção sensorial do tempo e da memória.